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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Conceito de "saúde"

A Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência com origem nas guerras do fim do século XIX e é especializada em saúde, fundada em 7 de Abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU). A sua sede é em Genebra, na Suíça. A directora-geral é, desde Novembro de 2006, a chinesa Margaret Chan.

Segundo a sua constituição, a OMS tem por objectivo desenvolver ao máximo o nível de saúde de todos os povos, sendo definida nesse mesmo documento como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade.

Benefícios da actividade física na terceira idade (2)

Um estudo sobre os benefícios da hidroginástica na terceira idade

Benefícios da actividade física na terceira idade (1)

Existem cada vez mais evidências científicas que apontam para o efeito benéfico de um estilo de vida activo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento. Além dos benefícios já citados anteriormente, existem também importantes benefícios do treino de força muscular no adulto e na terceira idade:
  • Melhoria da velocidade de andar;
  • Melhoria do equilíbrio;
  • Aumento do nível de actividade física espontânea;
  • Melhoria da auto-eficácia;
  • Contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea;
  • Ajuda no controlo da diabetes, artrite, doença cardíaca;
  • Melhoria da ingestão alimentar;
  • Diminuição da depressão.
Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade é a queda, que geralmente acontece por anormalidades do equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, anormalidades do passo, doença cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos. O exercício contribui na prevenção das quedas através de diferentes mecanismos:
  • Fortalece os músculos das pernas e costas;
  • Melhora os reflexos;
  • Melhora a sinergia motora das reacções posturais;
  • Melhora a velocidade de andar;
  • Incrementa a flexibilidade;
  • Mantém o peso corporal;
  • Melhora a mobilidade;
  • Diminui o risco de doença cardiovascular.
Segundo dados científicos, a participação num programa de exercício leva à redução de 25% nos casos de doenças cardiovasculares, 10% nos casos de acidente vascular cerebral, doença respiratória crónica e distúrbios mentais. Talvez o mais importante seja o facto de reduzir de 30% para 10% o número de indivíduos incapazes de cuidar de si mesmos, além de desempenhar um papel fundamental para facilitar a adaptação à aposentação/reforma.

Fonte: Extraído do artigo - Vida ativa para o novo milênio
Victor K. R. Matsudo - Revista Oxidologia set/out: 18-24, 1999

SIC Esperança

A SIC Esperança é um projecto de solidariedade transversal a todas as empresas do universo SIC, o "chapéu de sol" de toda a colaboração prestada. A SIC Esperança tem o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), aprovado pela Portaria n.º 139/07, de 29 de Janeiro de 2007.

Divulgamos e ajudamos na resolução de problemas sociais (droga, alcoolismo, trabalho infantil, terceira idade, mortalidade nas estradas, etc.) que afectam o nosso país, através de uma forma concentrada de comunicação. A SIC Esperança pretende:
  • Ser considerada uma instituição de solidariedade por excelência;
  • Fazer solidariedade quebrando tabus, trabalhando com dinamismo e um espírito jovem;
  • Contribuir de forma solidária e consistente para a divulgação e solução dos problemas sociais que afectam Portugal;
  • Transmitir os seguintes valores em tudo o que for feito: Qualidade, Credibilidade, Dinamismo, Irreverência/Inovação, Modernidade, Diversidade e Proximidade.

A SIC Esperança está estruturada para a recolha e entrega de bens a associações e instituições de solidariedade social sem fins lucrativos e também faz levantamento das necessidades em diversas áreas, de forma a poder identificar projectos específicos de IPSS, que possam ser beneficiados através de parcerias desenvolvidas.

Para que essas acções sejam desenvolvidas com a garantia SIC Esperança, cumprimos critérios rigorosos de qualidade e credibilidade. Pedimos às instituições, associações e fundações que nos enviem um descritivo das necessidades, onde são imprescindíveis as seguintes informações:

  • Tipo de projecto;
  • Resultados esperados;
  • Número de beneficiários;
  • Orçamento para a concretização;
  • Duração prevista.

Além deste descritivo também temos necessidade de ter acesso ao último relatório de contas, plano de actividades, estatutos e referência no Diário da República.

Todos os projectos que a SIC Esperança ajuda a desenvolver são projectos concretos, com o objectivo de alcançar um resultado que garanta a sua continuidade no futuro.


Contactos úteis:

Morada

Estrada da Outurela, 119, 2794-052

Carnaxide- Portugal

E-mail

sicesperanca@sic.pt

Telefone

+351 21 424 6490

Fax

+351 21 417 3118

Projectos 3.ª idade

Fonte: http://sic.aeiou.pt/online/sites+sic/sic+esperanca/a+sic+esperanca/

domingo, 21 de junho de 2009

O sexo e a idade

Grande Reportagem SIC:

Vídeo (1)

Vídeo (2)

Vídeo (3)

A doença de Parkinson


O que é?

A doença de Parkinson é uma doença crónica que afecta o sistema motor, ou seja, que envolve os movimentos corporais, levando a tremores, rigidez, lentificação dos movimentos corporais, instabilidade postural e alterações da marcha.

Como acontece?

A doença surge quando os neurónios (células nervosas) de uma determinada região cerebral, denominada substância negra, morrem, sendo que, quando surgem os primeiros sintomas, já há perda de 70 a 80% destas células. Em condições normais, estas células produzem dopamina, um neurotransmissor que ajuda a transmitir mensagens entre as diversas áreas do cérebro que controlam o movimento corporal. Assim, quando as células da substância negra morrem, os níveis de dopamina tornam-se anormalmente baixos, o que leva a dificuldades no controlo do tónus muscular e movimentos musculares, afectando, portanto, os músculos quer durante o repouso quer quando em actividade.

Porque acontece?

Até agora, a razão porque algumas pessoas desenvolvem a doença e outras não, não foi determinada. Há quem defenda que tudo se deve aos chamados radicais livres, que são moléculas produzidas no nosso corpo em resultados das normais reacções metabólicas, e que, eventualmente, podem provocar lesões cerebrais através de um processo denominado oxidação. Outros, acreditam que esta doença se deve ao efeito tóxico de certas drogas, o que é suportado pela evidência de uma associação desta doença com o abuso de uma droga muito popular na década de 70. Para além disto, outras provas relacionaram a doença de Parkinson com certas toxinas ambientais, nomeadamente com os pesticidas, uma vez que se encontraram taxas de incidência mais altas em áreas rurais onde as pessoas bebem água proveniente de poços. Finalmente, pensou-se que a doença poderia ter uma base genética, como foi documentado num estudo que se fez de uma família na qual a doença afectava várias gerações, mas até agora todos os outros estudos realizados não detectaram qualquer anormalidade genética.

Em quem ocorre?

A nível mundial esta doença atinge cerca de 1 a 2 pessoas em cada 1000, sendo mais frequente nos europeus e norte-americanos do que nos asiáticos ou africanos. Surge, geralmente, no final da meia idade, tendo o seu início, tipicamente, por volta dos 60 anos, contudo em cerca de 5% dos doentes a doença tem início precoce, surgindo antes dos 40 anos. Esta doença é ligeiramente mais frequente nos homens do que nas mulheres.

Como se manifesta?

A manifestação inicial da doença é, geralmente, um tremor ligeiro numa mão, braço ou perna que ocorre, normalmente, a uma frequência de três por segundo quando extremidade afectada está em repouso mas, que pode aumentar em momentos de tensão. Tipicamente, o tremor melhora quando o paciente move voluntariamente a extremidade afectada e pode, mesmo, desaparecer durante o sono. À medida que a doença progride, o tremor torna-se mais difuso, acabando, eventualmente, por afectar as extremidades de ambos os lados do corpo.

Para além do tremor, que classicamente caracteriza a doença, surgem ainda outros sintomas, nomeadamente rigidez das extremidades, lentificação dos movimentos corporais voluntários (bradicinésia), instabilidade postural e alterações da marcha.

Quando a bradicinésia afecta os músculos faciais, leva a que o doente se babe, perturba o normal piscar dos olhos e interfere com a mímica facial (expressões), podendo acabar por originar uma face semelhante a uma máscara, isto é, inexpressiva. Quando atinge outros músculos, a bradicinésia pode afectar a capacidade do paciente em cuidar de si próprio, nomeadamente de se lavar e vestir ou utilizar os talheres ou, de realizar as normais tarefas domésticas, como lavar a loiça ou a roupa.

Os problemas com o equilíbrio e a instabilidade postural podem tornar muito difíceis actos tão simples quanto o sentar-se ou levantar-se de uma cadeira e o andar pode implicar pequenos passos, arrastados, geralmente, sem o normal movimento pendular dos braços. Nalguns pacientes surgem, ainda, alterações da escrita, sendo que a letra se torna pequena, tremida e, muitas vezes, ilegível.

Para além de tudo isto, ainda estão associados à doença de Parkinson outros sintomas, incluindo:

  • depressão;
  • ansiedade;
  • alterações do sono;
  • perda de memória;
  • discurso indistinto;
  • dificuldades de mastigação e deglutição;
  • obstipação;
  • perda do controlo vesical;
  • regulação anormal da temperatura corporal;
  • aumento da sudação;
  • disfunção sexual;
  • cãibras, entorpecimento, formigueiros (parestesias) e dores nos músculos.

Como se trata?

Apesar de não haver, actualmente, uma cura para a doença de Parkinson, os sintomas podem ser controlados através de diversos tipos de medicações. Assim, numa primeira fase poder-se-à recorrer ao uso de amantadina (Parkadina®), com ou sem associação a fármacos anticolinérgicos, como o trihexifinidilo (Artane®) ou a benzatropina (Cogentin®). A amantidina actua ao promover a libertação da dopamina no interior do cérebro, pelo que só actua enquanto ainda houver alguns neurónios a produzirem aquele neurotransmissor, deixando depois de actuar. Então, nesta fase subsequente da doença, tem de se recorrer a outro tipo de medicação, utilizando-se, geralmente, a levodopa, um percursor que é convertido em dopamina a nível cerebral, e que é geralmente prescrita em associação com carbidopa (Sinemet®). Para além destas existem ainda outras formas de medicação, incluindo agonistas dopaminérgicos, isto é, fármacos que imitam quimicamente a acção da dopamina, como a bromocriptina (Parlodel®), o pergolide (Permax®) ou o ropinirol (Requip®) e, fármacos conhecidos como inibidores da catecol-O-metiltransferase, como o entocapone (Comtan®),que como o prório nome indica, inibem esta enzima que é responsável pela degradação da dopamina e levodopa, pelo que ao inibi-la consegue-se aumentar a concentração daquelas substâncias no cérebro.

Para além de tudo isto, ainda há a considerar a selegilina (Jumex®), que se acredita poder ser útil numa fase precoce da doença, quando ainda há neurónios na substância negra a produzirem dopamina, uma vez que se pensa que este fármaco tem um efeito protector sobre aquelas células, protelando, assim, a evolução da doença e a necessidade de iniciar o tratamento com levodopa.

Por último, há que referir que medidas gerais, como a prática regular de exercício físico e uma dieta equilibrada podem contribuir para melhorar o bem estar destes pacientes e também o controlo corporal.

Possível cura

Tratamento - Reportagem

O que esperar?

A doença de Parkinson é uma afecção não reversível, que se prolonga por toda a vida. No entanto, a qualidade de vida dos doentes pode ser, substancialmente, melhorada com a utilização da medicação, sendo que, por exemplo, com a levodopa há uma redução dos sintomas em cerca de 75% dos pacientes.

Fonte: http://www.parkinson.pt/?lop=conteudo&op=7a614fd06c325499f1680b9896beedeb&id=c3992e9a68c5ae12bd18488bc579b30d

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Velhos são os trapos!

Longe vai o tempo em que envelhecer era sinónimo de chegar ao fim da vida. Hoje em dia, a terceira idade é "apenas" mais uma fase. Tão preenchida e cheia de coisas novas, como as que a antecedem.

Cabe a cada um preparar-se. O envelhecimento físico é inevitável, mas com os cuidados adequados é possível ajudar o corpo a viver esta fase sem complicações de maior. Exercício físico, alimentação saudável, não fumar, nem consumir bebidas alcoólicas em excesso são a chave para uma velhice longa e activa.

No caso dos séniores, é fundamental evitar "enferrujar" e perder mobilidade. O importante é mexer-se e praticar desportos que estimulem a flexibilidade. As opções são múltiplas e variadas: da simples caminhada, passando por aulas de grupo ou exercícios específicos num ginásio ou golfe. Além de exercitar o corpo, estas actividades obrigam a sair de casa e estar com pessoas, estimulando a saúde psicológica.

Actividades que ajudam a viver melhor:
  • Ioga. Arte milenar indiana que trabalha a disciplina, o corpo e a mente. Recomendada para pessoas de todas as idades, tem benefícios na melhoria da flexibilidade, postura, equilíbrio e estabilidade física e mental.
  • Tai-chi. Praticado há milénios na China, tem um sistema de exercícios que ajudam a melhorar a percepção do corpo. Uma série de movimentos suaves e leves melhoram a postura, a flexibilidade, estabilidade e revitalização da mente.
  • Pilates. Método de exercícios concebido para melhorar a postura e a flexibilidade através do fortalecimento dos músculos abdominais e lombares. Previne e alivia problemas nas costas, aumenta a consciência corporal e a coordenação.
  • Hidroginástica. Exercício praticado na piscina. A água facilita a execução dos movimentos e protege as articulações, sendo um ambiente seguro para praticar os vários movimentos. Aumenta a flexibilidade, relaxa e melhora a mobilidade.

In, Revista Viver Bem, n.º 2 - Janeiro/Abril Quadrimestral

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A doença de Alzheimer


O que é?

A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, de instalação insidiosa, com agravamentos progressivos, lentos e irreversíveis. É uma forma de demência devida à morte das células cerebrais que começa por aniquilar a memória e, subsequentemente, as outras funções mentais, determinando completa ausência de autonomia. A doença é frequentemente confundida com arteriosclerose embora não tenha relação com problemas circulatórios.

Com a evolução da doença, os doentes tornam-se incapazes de realizar qualquer tarefa, perdem-se, deixam de reconhecer rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, muitas vezes, por ficar acamados, sobrevivendo, em média, entre 2 a 15 anos. O aparecimento da doença está muito relacionado com a idade e, em geral, afecta pessoas com mais de 60 anos.

Foi pela primeira vez descrita em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer. Estima-se que, em Portugal, mais de 70.000 pessoas sofrem de Doença de Alzheimer.

O diagnóstico é difícil, sendo feito por exclusão de outras doenças com características semelhantes. Não há ainda tratamento eficaz para cura da doença nem possibilidade de prevenção.

No início da enfermidade, o doente sofre porque tem consciência das suas limitações e incapacidades. Procura por vezes ocultá-las, manifestando alterações de temperamento e personalidade ou caindo em depressão. À medida que o mal avança, são os familiares que mais sofrem, assistindo, impotentes, ao declínio mental e físico de alguém que amam. Todos os que vivem em torno do doente acabam por acusar os efeitos desta situação, devido quer a causas de ordem emocional, quer às inerentes dificuldades económicas.

A doença impõe uma vigilância constante, levando os familiares a confrontarem-se com vários problemas, nomeadamente:

  • Dificuldade de acompanhamento do doente em casa, devidos às obrigações profissionais;
  • Despesas elevadas com medicamentos, ajudas técnicas e cuidadores remunerados;
  • Resistência de algumas instituições à aceitação dos doentes;
  • Incapacidade das instituições que os aceitam de prestarem cuidados adequados;
  • Deficiência de formação dos profissionais para cuidarem dos doentes .
Qual a causa da doença?

A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida. Existem várias teorias, porém, aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada mas não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).

Quais são os sintomas?

No começo, são os pequenos esquecimentos, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e por vezes agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.

À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano como alimentação, higiene, vestuário, etc..

Sinais de alerta

Para ajudar a determinar quais os sinais de aviso a procurar, a Associação de Alzheimer elaborou a seguinte lista de controlo dos sintomas comuns da doença (alguns deles podem ser aplicados a outras formas de demência):
  • Perda de memória. É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e lembrar-se deles mais tarde. Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.
  • Dificuldade em executar as tarefas domésticas. As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembrarem de as servir no final da refeição. O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquece-se de que já comeu.
  • Problemas de linguagem. Toda a gente tem por vezes dificuldade em encontrar a palavra certa. Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.
  • Perda da noção do tempo e desorientação. É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos. Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.
  • Discernimento fraco ou diminuído. As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infecção, embora acabem por procurar cuidados médicos. Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infecção como algo problemático e não ir mesmo ao médico, ou então vestir-se desadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.
  • Problemas relacionados com o pensamento abstracto. Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos, mas alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.
  • Trocar o lugar das coisas. Qualquer pessoa pode não arrumar correctamente a carteira ou as chaves. Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de engomar no frigorífico ou um relógio de pulso no açucareiro.
  • Alterações de humor ou comportamento. Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando. Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.
  • Alterações na personalidade. A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade. Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso, desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento inadequado.
  • Perda de iniciativa. É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do dia-a-dia, ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa. Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo, e necessitar de estímulos e incitamento para participar.

Como é feito o diagnóstico?


Não há um teste específico que estabeleça de modo inquestionável a doença. O diagnóstico certo da doença de Alzheimer só pode ser feito por exame do tecido cerebral, obtido por biópsia ou necropsia. Deste modo, o diagnóstico da doença de Alzheimer é feito excluindo outras causas de demência pela história do paciente, exames de sangue, tomografia ou ressonância e outros exames. Existem alguns marcadores, geralmente identificados a partir de exame de sangue, como a apolipoproteina E (APOE), cujos resultados podem mostrar hipóteses de vir a ter a doença de Alzheimer. São úteis em pesquisa, mas não servem para o diagnóstico individual. É claro que isso não impede que marcadores mais sensíveis venham a surgir no futuro.

Como é feito o tratamento?


O tratamento da doença de Alzheimer tem dois aspectos: um inespecífico, por exemplo, de alterações de comportamento como agitação e agressividade, do humor como depressão, que não deve ser feito apenas com medicação mas também com orientação por diferentes profissionais da saúde; o tratamento específico é feito com drogas que podem corrigir o desequilíbrio químico no cérebro, como a Tacrina, Donepezil, Rivastigmina, Metrifonato, Galantamina. Estes tratamentos funcionam melhor na fase inicial da doença e o efeito é temporário, pois a doença de Alzheimer continua a progredir.

O que pode ajudar?

A grande arma para enfrentar a doença é a informação associada à solidariedade. À medida que os familiares conhecem melhor a doença e a sua provável evolução, vários recursos e estratégias podem ser utilizados com sucesso. É fundamental que os familiares saibam que há sempre alguma coisa que se pode fazer. É sempre possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes e dos seus familiares. Existem doenças incuráveis, porém, não existem pacientes "intratáveis".

De que forma a doença afecta os familiares?


As dúvidas e incertezas com o futuro, a grande responsabilidade, a inversão de papéis onde os filhos passam a encarregar-se dos cuidados dos seus pais, além da enorme carga de trabalho e sobrecarga emocional acabam por gerar no meio familiar, conflito e angústia. A sensação de estar só, isolado, desamparado e a inevitável pergunta "por que é que isto está a acontecer comigo?" submete os cuidadores a uma enorme pressão psicológica acompanhada de depressão, stress, queda da resistência física, problemas de ordem conjugal, etc..., pelo que importa que os cuidadores procurem eles próprios ajuda para enfrentar a situação.

"Eu tenho demência"


Fonte: http://www.alzheimerportugal.org/clientSite/default.asp

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Estudo da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

Actividade física, equilíbrio e medo de cair: um estudo em idosos institucionalizados

http://www.fade.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol.7_nr.2/1-10.pdf

Lares já não são encarados como depósitos


A chamada terceira idade, tal como a infância, exige da sociedade o assumir de responsabilidades, muitas das quais passam pela família.

Numa altura em que todos os elementos da família tendem a exercer a sua actividade profissional fora de casa, os idosos, principalmente os que têm já pouca autonomia, representam um problema a resolver. E a resolução vai sempre no sentido de encontrar respostas que garantam, em primeiro lugar, o bem-estar dos idosos, e que, em segundo lugar, sejam capazes de compatibilizar a falta de autonomia destes, com a vida agitada dos restantes membros da família.

Pese embora estas dificuldades, Roque Martins, presidente do Centro Regional de Segurança Social da Madeira, é peremptório ao afirmar que actualmente as famílias deixaram de olhar para os lares de terceira idade, centros de dia e outras estruturas do género como depósitos de idosos. Tal comportamento só aparece em casos muito pontuais. Até porque, explica, os lares, centros de dia e centros de convívio permitem, valorizam e fomentam a responsabilização e ligação afectiva dos familiares e amigos ao idoso residente, não só através das visitas regulares, como também através das várias actividades sócio-recreativas desenvolvidas, que chamam os familiares à participação activa e ao convívio regular com o idoso.

Além disso, o facto de os próprios idosos manifestarem interesse e vontade em frequentar estas estruturas, parece reflectir que cada vez mais as unidades de apoio aos idosos são encaradas como um complemento à família, enquanto célula privilegiada para integração dos seus idosos, e não como meros depósitos. A propósito, Roque Martins sublinha que, actualmente, lares e famílias são duas instituições com objectivos convergentes e complementares, no que se refere ao bem-estar das pessoas idosas.

Fonte: http://www.srsdocs.com/parcerias/revista_imprensa/diario_noticias/2005/dn_2005_05_30_02.htm